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CIDADES Quinta-feira, 24 de Julho de 2025, 15:06 - A | A

Quinta-feira, 24 de Julho de 2025, 15h:06 - A | A

ANUÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA

Mato Grosso segue entre os estados mais violentos do país; Sorriso tem a 2ª maior taxa de estupro de crianças no Brasil

Os dados mostram ainda que a maior parte dos crimes ocorreu dentro da própria casa (65,7%) e, em muitos casos, praticados por pessoas próximas

Da Redação

 

Mesmo com uma leve redução em 2024, Mato Grosso continua apresentando uma das maiores taxas de mortes violentas intencionais do país. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, publicado nesta quinta-feira (24), o estado registrou 1.142 vítimas no ano passado.


Isso corresponde a uma taxa de 29,8 mortes por 100 mil habitantes — número acima da média nacional, que ficou em 20,8, e também superior à média da região Centro-Oeste, de 19,5.


Os dados mostram que houve uma queda em relação a 2023, quando o índice mato-grossense foi de 30,7 por 100 mil, mas a taxa ainda está entre as mais elevadas do país. O levantamento, feito anualmente pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, considera diferentes formas de violência letal, como homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes provocadas por intervenção policial.

 

Enquanto Mato Grosso ainda enfrenta altos índices, o Brasil como um todo teve, em 2024, o menor número de mortes violentas desde 2012. Foram 44.127 vítimas no país, representando uma redução de 5,4% em comparação com o ano anterior.

 


O histórico do estado mostra que os níveis de violência letal variam com o tempo, mas seguem elevados. O pico foi registrado em 2014, com uma taxa de 42,8 por 100 mil habitantes. Nos anos de 2020 a 2022, os índices ficaram abaixo de 30, mas voltaram a crescer em 2023 e se mantiveram altos no ano seguinte.



ESTUPRO DE VULNERÁVEL

O anuário também revela que o Brasil bateu em 2024 o recorde histórico de registros de estupros e estupros de vulnerável. Foram 87.545 vítimas ao longo do ano, o maior número desde o início da série histórica. A taxa nacional chegou a 41,2 casos por 100 mil habitantes — o que significa que, a cada grupo de 100 mil pessoas, quase 42 foram vítimas de estupro.

 


Desse total, 76,8% dos registros envolviam vítimas consideradas vulneráveis, como crianças, adolescentes ou pessoas incapazes de se defender. A maioria esmagadora das vítimas era do sexo feminino (87,7%), com destaque também para o recorte racial: 55,6% das vítimas eram negras.

 


Em Sorriso, no norte do Estado, os números de estupro de vulnerável chegam a 131,9 pessoas a cada 100 mil pessoas, figurando em segundo lugar como a cidade em que mais se estupram crianças no país.

 


Os dados mostram ainda que a maior parte dos crimes ocorreu dentro da própria casa (65,7%) e, em muitos casos, praticados por pessoas próximas. Segundo o levantamento, 45,5% dos agressores eram familiares diretos, e 20,3% eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas.

 

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