A rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, está no centro de um controverso debate jurídico e tecnológico. De acordo com informações recentes fornecidas pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF), a plataforma tem permitido transmissões ao vivo de perfis que foram bloqueados por decisões judiciais.
O que diz o relatório da Polícia Federal sobre a rede social X?
No documento enviado ao STF, consta que desde o dia 8 de abril de 2024, perfis com restrições legais têm conseguido realizar transmissões ao vivo. Isso levanta questões sobre a eficácia das medidas judiciais na regulamentação de conteúdos em redes sociais. A lista de perfis mencionados inclui nomes como @RConstantino, @realpfigueiredo, entre outros, que aparentemente encontraram no recurso “Spaces” da plataforma uma maneira de continuar interagindo com o público.
Este cenário pode representar uma forma de obstrução de Justiça, uma vez que os perfis em questão deveriam estar totalmente restritos de qualquer forma de interação na rede. O caso está sendo investigado como parte de um inquérito maior, que apura a gestão de Elon Musk, proprietário da rede social, e seu possível papel na obstrução de Justiça.
Como funciona o recurso “Spaces” utilizado para as transmissões?
“Spaces” é um recurso de transmissões ao vivo que permite aos usuários da plataforma criar salas de chat de áudio. Segundo a Polícia Federal, foi identificado que esse recurso está sendo utilizado para facilitar a interação entre usuários brasileiros e os detentores dos perfis bloqueados judicialmente.
Resposta da rede social e dos envolvidos
Até o momento, a assessoria da plataforma X não respondeu aos questionamentos sobre as acusações. Da mesma forma, a tentativa de contato com os donos dos perfis citados também não obteve retorno. Este silêncio contribui para o clima de incerteza sobre as medidas efetivas que a rede social está adotando para cumprir as ordens judiciais.