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BRASIL Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 09:32 - A | A

Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 09h:32 - A | A

58 DIAS PRESO

Inocentado de acusação de estupro, líder religioso rompe silêncio e diz ter sido vítima de vingança

O movimento que liderava foi encerrado, e líderes envolvidos se afastaram após receberem ameaças.

 

Após 58 dias preso sob a acusação de estuprar três mulheres, o influenciador e líder evangélico Victor Bonato, de 29 anos, foi inocentado pela Justiça em julho de 2024. Detido em setembro de 2023, Bonato sustentou durante todo o processo que as relações foram consensuais e afirma ter sido alvo de uma armação motivada por vingança.

As denúncias foram feitas por três frequentadoras do movimento “O Galpão”, que ele liderava em Barueri (SP). Segundo os relatos, os atos começaram de forma consentida, mas teriam evoluído para práticas agressivas e não combinadas. Victor foi preso durante um retiro religioso e permaneceu na Cadeia Pública de Carapicuíba por quase dois meses.

O juiz Ricardo Augusto Gallego Bueno, da 2ª Vara Criminal de Barueri, absolveu o acusado por falta de provas materiais e apontou contradições nos depoimentos das denunciantes, que continuaram mantendo contato com Bonato após os episódios. O Ministério Público também se manifestou pela absolvição.

Após a liberdade, Bonato desapareceu das redes sociais e interrompeu suas atividades públicas. O movimento que liderava foi encerrado, e líderes envolvidos se afastaram após receberem ameaças.

Em entrevista ao O Globo, Victor admitiu os encontros sexuais, mas afirmou que todos foram consentidos e começaram a partir de conversas nas redes sociais. Disse ainda que as denunciantes pertenciam ao mesmo círculo social e se voltaram contra ele ao descobrirem que haviam se envolvido com a mesma pessoa. "Elas se sentiram traídas e se juntaram para se vingar", declarou.

A advogada de defesa, Graciele Queiroz, afirmou que o caso evidencia o uso de falsas acusações como instrumento de vingança, e comparou a absolvição de Bonato ao caso do ex-jogador Daniel Alves, também defendido por ela, na Espanha.

Durante o período na prisão, Victor relata ter vivido em condições precárias, sem acesso a livros ou televisão, dividindo cela com outros acusados por crimes sexuais. Após a liberdade, iniciou acompanhamento psicológico, assumiu um voto de castidade e se afastou da vida pública. “Fui imoral e hipócrita, mas meu erro foi espiritual, não criminal”, declarou.

Atualmente, Bonato busca reconstruir a vida com discrição e afirma estar focado na fé e em uma nova etapa longe dos holofotes.

 

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