A possibilidade de ser alvo de sanções do governo Donald Trump não deve alterar a postura do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). Para aliados, o parlamentar afirmou que eventuais retaliações devem ser tratadas no campo diplomático e comercial, sem virar embate político ou ideológico.
Hugo Motta não pretende responder diretamente a Trump nem transformar a questão em briga pessoal. O presidente da Câmara disse a interlocutores que a possibilidade de perda de visto é uma “decisão soberana do governo americano”, que deve ser respeitada para evitar novos atritos.
A avaliação ocorre em meio às discussões na Casa Branca para punir Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, com restrições como a perda do visto para os Estados Unidos e até a aplicação da Lei Magnitsky — instrumento usado em casos de violação de direitos humanos, que pode bloquear operações em dólar.
O motivo, no caso de Motta, é a demora na votação do projeto de lei que concede anistia a réus e condenados por golpe de Estado, medida que pode beneficiar Jair Bolsonaro.
Oposição pressiona Motta e Alcolumbre
Nesta quinta-feira (24/7), o senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista à coluna, acreditar que as sanções de Trump a autoridades brasileiras mudarão a atuação de Hugo Motta e Davi Alcolumbre.
A oposição pleiteia que o chefe da Câmara destrave a anistia a réus e condenados por golpe de Estado, em julgamentos que tramitam no STF. Em relação ao chefe do Senado, a pressão é para pautar o impeachment de ministros da Suprema Corte.