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ARTIGOS Sexta-feira, 29 de Março de 2024, 10:39 - A | A

Sexta-feira, 29 de Março de 2024, 10h:39 - A | A

ANA BARROS

Repensando a tradição da Sexta-Feira Santa: uma reflexão sobre a abstinência de carne e a preferência pelo peixe

Ana Barros

 

A tradição de substituir carne vermelha por peixe na Sexta-feira Santa é profundamente enraizada na cultura e na prática religiosa de muitas comunidades. No entanto, é importante questionar e refletir sobre o significado por trás dessa prática e se ela realmente reflete os valores essenciais desse dia sagrado.  

 

Ao observarmos a razão por trás da abstinência de carne na Sexta-feira Santa, podemos reconhecer que ela está ligada à ideia de sacrifício e penitência, em alinhamento com o sofrimento de Jesus Cristo na cruz. No entanto, a simples substituição da carne vermelha pelo peixe pode levar a uma compreensão superficial desse princípio.   Por que, então, a preferência pelo peixe? A tradição pode remontar a questões históricas e culturais, como a disponibilidade de peixe em determinadas regiões ou até mesmo a associação simbólica do peixe com a religião cristã.

 

No entanto, é importante questionar se essa prática reflete verdadeiramente os valores espirituais e éticos que a Sexta-feira Santa representa.   Comer carne vermelha, em vez de peixe, neste dia pode ser visto como uma oportunidade para uma reflexão mais profunda sobre o significado do sacrifício de Cristo. A carne vermelha, com sua associação com o corpo e o sangue, pode evocar uma conexão mais direta com o sacrifício de Cristo na cruz.  

 

Além disso, devemos considerar a importância de uma abordagem mais holística em relação à alimentação e às práticas religiosas. Em vez de nos concentrarmos apenas na abstinência de certos alimentos, podemos usar esse momento como uma oportunidade para refletir sobre nossa relação com a comida, nossa responsabilidade para com o meio ambiente e nossa conexão com os outros seres humanos.   Portanto, ao invés de simplesmente seguir tradições sem questionamento, podemos usar a Sexta-feira Santa como um momento para uma reflexão mais profunda e uma prática mais significativa de nossa fé, reconhecendo que o verdadeiro sacrifício vai além do que está no nosso prato.        

 

Deixo aqui uma reflexão, o que você faria ou faz no dia da morte de alguém muito querido? comemora ou fica triste, pensativo e reflexivo? Hoje é um dia da morte de alguém muito especial, que veio ao mundo, sofreu e deu a sua vida por todos nós.

Não quero com esse texto, desqualificar a fé e nem desmerecer a tradição de ninguém, apenas trazer um novo olhar para as rotinas tradições.

 

Ana Barros é jornalsita em Cuiabá

 
 

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