O Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) participa nesta semana, na China, de uma missão internacional, focada na venda de carne bovina para cidades estratégicas do interior da China.
A iniciativa faz parte do projeto "The Beef and Road: Bridging the Brazil-China Beef Routes", promovido pela Abiec - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes em parceria com a ApexBrasil.
A ação busca fortalecer a presença da carne brasileira em regiões além de grandes centros como Pequim e Xangai, atendendo à crescente demanda das províncias chinesas por proteína animal de qualidade.
Durante a semana, foram realizadas reuniões nas cidades de Nanjing (15) e Hangzhou (16), reunindo autoridades locais, compradores e representantes da cadeia produtiva. Representando Mato Grosso, participaram do projeto o Imac, quatro indústrias frigoríficas e o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo).
Para o presidente do Imac, Caio Penido, essa é uma estratégia tanto para a pecuária nacional quanto para Mato Grosso, maior produtor de carne bovina do país. “A iniciativa da Abiec para aumentar as vendas no interior da China representa um passo importante e reforça o posicionamento do Brasil como fornecedor de alimentos seguros, sustentáveis e de alta qualidade para o mundo”.
Segundo o presidente da Abiec, Roberto Perosa, o projeto visa descentralizar as relações comerciais da carne brasileira na Ásia. “Começamos pela China, mas o plano é alcançar outros países nos próximos anos. A ideia é sair do diálogo exclusivo com traders e conversar diretamente com quem consome, vende e distribui a carne brasileira no dia a dia”.
Em 2024, Mato Grosso exportou 589,3 mil toneladas de carne bovina em equivalente carcaça. A China foi responsável por 43,3% desse volume. O mercado chinês tem sido essencial para garantir a rentabilidade de pecuaristas e frigoríficos.
“A China é nosso principal parceiro comercial no setor de carnes. Ampliar esse canal representa mais oportunidades para toda a cadeia produtiva — do pequeno pecuarista ao grande exportador. Isso fortalece a geração de empregos no campo, estimula investimentos em tecnologia e abre espaço para a consolidação de programas como o Passaporte Verde, que conecta sustentabilidade com acesso aos mercados mais exigentes”, destacou Penido.