Representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) se reuniram com o governador do Estado para tratar da suspensão das Autorizações Provisórias de Funcionamento (APFs) na Área de Proteção Ambiental (APA) da cabeceira do Rio Cuiabá. A medida impacta seis municípios e tem causado preocupação entre produtores rurais e prefeitos da região.
O presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, acompanhado de Fernando Ferre Jorge Diego Giacomelli, vice-presidentes da entidade, afirmou nesta segunda-feira (23) que a associação se reuniu com o governador Mauro Mendes para discutir a suspensão das APFs na APA da cabeceira do Rio Cuiabá. Segundo Beber, a decisão que levou à paralisação das autorizações extrapolou os limites da própria determinação judicial.
“Relatamos ao governador que essa suspensão afetou áreas além do que foi estabelecido judicialmente. Diante da preocupação dos produtores e prefeitos, buscamos esse diálogo para garantir segurança jurídica e produtiva”, declarou.
Segundo a Aprosoja, o governador se comprometeu a restabelecer até sexta-feira as APFs referentes às áreas desmatadas até 2018, conforme previsto na legislação que rege a criação da APA. Já as áreas desmatadas após 2018 continuarão embargadas, mas apenas nos trechos incluídos no perímetro da decisão judicial.
Ainda de acordo com a associação, o governador prometeu adotar todas as medidas judiciais necessárias para resguardar o direito de propriedade dos produtores, permitindo o desenvolvimento de uma produção sustentável e racional dentro da área de proteção.
“A Aprosoja segue vigilante nesse tema e atuando em defesa dos produtores de soja e milho do estado. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a produção volte com tranquilidade, sustentabilidade e rentabilidade”, completou Giacomelli.
A reunião também contou com a presença do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Léo Bortolin, que representou o pleito de mais de seis prefeitos cujos municípios foram diretamente afetados pela suspensão das APFs.
A Aprosoja reforçou que continuará acompanhando de perto o desdobramento da situação para garantir segurança jurídica e condições adequadas aos produtores inseridos na APA da cabeceira do Rio Cuiabá.