A popularidade do presidente Lula enfrenta seu pior momento desde o início do terceiro mandato, com 53,7% de desaprovação, segundo levantamento da AtlasIntel. E, para o senador Jorge Seif (PL-SC), os motivos cabem em apenas três letras: INSS, IOF e PIX.

O escândalo no INSS, que revelou um esquema bilionário de fraudes em aposentadorias e pensões, abalou a confiança da população. De acordo com a pesquisa, 82% dos brasileiros souberam do caso e 31% culpam diretamente o governo federal, um impacto maior do que a responsabilidade atribuída ao próprio instituto (14%). O tema reacende o fantasma da corrupção, que voltou ao topo das preocupações nacionais.

Em seguida, o governo anunciou o aumento do IOF, como parte do esforço de ajuste fiscal. A medida teve efeito imediato: desagradou o Congresso, gerou reação negativa no mercado e foi interpretada como um novo peso para a classe média, justamente num momento em que o país esperava alívio econômico.

O terceiro ponto de desgaste veio com a tentativa de taxação do PIX para microempreendedores, que acendeu alertas entre pequenos negócios e trabalhadores autônomos. A proposta provocou reação nas redes sociais e ampliou o sentimento de que o governo estaria “atirando no próprio pé” ao atingir diretamente o bolso do eleitorado informal.

O resultado dessa combinação é visível nos números: 70% dos entrevistados acreditam que Lula não está cumprindo o que prometeu. E a comparação com Jair Bolsonaro pesa: 44% dizem que o atual governo é pior e mais da metade (56%) considera Lula menos eficiente do que em seus mandatos anteriores.

Para a oposição, o cenário é fértil. A frase de Seif, curta e estratégica, resume uma narrativa que já começou a circular com força nas redes sociais — e que pode moldar o debate político até 2026.

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