O secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia (União), rebateu as declarações do presidente estadual do MDB, Carlos Bezerra, que acusou o governador Mauro Mendes (União) de ter “enxotado” a sigla da base aliada.
Segundo Garcia, não houve ruptura formal e o afastamento do partido de cargos no Executivo foi consequência de uma investigação sobre a Secretaria de Agricultura Familiar, então comandada por Luluca Ribeiro, indicado pelo MDB.
Bezerra afirmou que a legenda foi escanteada da gestão ao perder a última pasta que ocupava, no ano passado, após já ter visto o espaço político reduzir de duas secretarias para apenas uma. “O Mauro nos enxotou do Governo. Ficou ruim demais”, disse o emedebista.
Garcia, no entanto, sustentou que a mudança se deu em razão de denúncias apresentadas pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) à Controladoria-Geral do Estado, que apontavam possíveis irregularidades na compra de kits agrícolas por meio de emendas parlamentares.
“Não foi expulsão do MDB. Foi uma substituição de secretário diante da denúncia. Não houve expulsão do partido”, declarou.
O secretário também negou que o MDB tenha se tornado oposição e destacou a presença de deputados da legenda que mantêm diálogo com o governo, como Doutor João e Juca do Guaraná. Ele não mencionou, porém, a deputada Janaina Riva, principal nome do partido na Assembleia Legislativa e que hoje integra o bloco de oposição a Mendes.
A saída de Luluca, indicado por Janaina, e a ausência de novos espaços para o MDB na gestão podem estar ligadas ao posicionamento da parlamentar.