A cúpula do União Brasil tem pressionado o deputado federal Coronel Assis para que ele se afaste temporariamente do mandato e abra espaço para um dos suplentes da legenda na Câmara dos Deputados. A articulação busca respeitar um acordo de rodízio interno, firmado com base na ideia de que ninguém se elegeu sozinho e todos os nomes da chapa contribuíram para o desempenho da sigla nas eleições.
A cobrança ganhou força nos últimos dias e evidencia tensões internas no partido, especialmente entre os suplentes que seguem aguardando uma oportunidade de assumir o mandato. Até agora, apenas Gisela Simona teve essa chance, quando substituiu o deputado Fábio Garcia — licenciado desde que assumiu a chefia da Casa Civil.
Caso Coronel Assis aceite a licença, quem deve assumir a vaga é o ex-deputado estadual Antônio Bosaipo, que obteve 22.563 votos. Também estão na fila Wagner Ramos — alvo recente da Operação Poço Sem Fundo —, Marchiane (de Rondonópolis), Aécio Rodrigues (presidente da MT Gás), Ane Borges (de Sorriso) e o médico ortopedista Túlio Casado.
O impasse em Brasília reflete o mesmo desconforto enfrentado recentemente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, quando a disputa por vagas entre suplentes do União Brasil quase implodiu um acordo previamente costurado.
Com os bastidores cada vez mais expostos, a legenda agora tenta garantir que os compromissos firmados sejam respeitados para manter a coesão interna e valorizar o papel dos suplentes que, embora fora do exercício do mandato, continuam estratégicos na construção da sigla para as próximas eleições.