Nesta sexta-feira, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou a instauração do regime de direção fiscal na Unimed Cuiabá Cooperativa de Trabalho Médico, em resposta a uma série de irregularidades ocorridas durante a gestão anterior da cooperativa. A medida, publicada no Diário Oficial da União, visa proteger a continuidade e a qualidade do atendimento à saúde dos mais de 220 mil beneficiários da Unimed Cuiabá, bem como recuperar um prejuízo contábil estimado em R$ 400 milhões. A Resolução operacional da ANS Nº 2.838 foi assinada pelo diretor-presidente da agência, Paulo Roberto Rebello Filho, após uma reunião extraordinária realizada na quarta-feira, 30 de agosto. A ANS justificou a medida devido a "anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves" que ameaçam o funcionamento adequado da cooperativa. Segundo informações da ANS, as irregularidades cometidas pela gestão anterior, presidida pelo médico Rubens Carlos de Oliveira Júnior, resultaram em um prejuízo contábil de aproximadamente R$ 400 milhões. Rubens de Oliveira e outros gestores antigos já estão sendo responsabilizados por esses atos. A direção fiscal não implica em liquidação ou ações similares, mas sim em um acompanhamento in loco para que a atual gestão da Unimed Cuiabá tome as medidas necessárias para cumprir a resolução operacional da ANS. O diretor-presidente da cooperativa, Carlos Bouret, assegurou aos usuários que todos os atendimentos continuarão sem interrupções e que a direção fiscal tem como objetivo garantir que a cooperativa siga um plano de ação já determinado pela atual gestão, incluindo o pagamento imediato de parte das perdas pelos cooperados até 11 de setembro. Carlos Bouret enfatizou a importância da participação ativa dos cooperados para fortalecer a cooperativa e reforçou o compromisso da diretoria em trazer de volta uma Unimed Cuiabá forte, de qualidade e referência para seus clientes. A resolução de direção fiscal, publicada nesta sexta-feira, é o resultado das ações praticadas pela gestão anterior, que além do prejuízo financeiro, não respondeu a várias notificações emitidas pela ANS desde 2028 sobre inconsistências contábeis sem tomar providências adequadas. Em uma Assembleia Geral Extraordinária realizada em 29 de agosto, foi aprovado o ajuizamento de medidas judiciais contra membros da gestão anterior para responsabilização dos prejuízos identificados.
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