O Brasil despediu-se nesta quarta-feira, 16 de julho, de um dos seus grandes construtores de futuro. Faleceu em São Paulo, aos 79 anos, o empresário Armindo Denardin — fundador do Grupo Mônaco e protagonista de uma trajetória que ajudou a moldar os contornos econômicos de importantes regiões brasileiras, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Natural de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, Denardin construiu sua história bem longe da zona de conforto. Professor de Matemática no Paraná, ele enxergou mais que números: viu futuro onde muitos só viam desafios. Foi assim que, em 1977, chegou a Altamira, no Pará — uma cidade ainda em formação à sombra da Transamazônica — e fundou sua primeira concessionária: a Altavei, representante da Volkswagen.
Nascia ali não apenas uma empresa, mas o embrião de um dos grupos mais robustos e respeitados do setor automotivo nacional. Sob sua liderança até 2006, o Grupo Mônaco ampliou suas operações com concessionárias de veículos, motocicletas e caminhões, sempre com o olhar atento às transformações de mercado e às demandas das regiões em que atuava.
A vocação empreendedora de Armindo não se limitou ao setor automotivo. Ele mergulhou com profundidade no agronegócio, onde fincou raízes com a Agropecuária Pinguim, referência em genética bovina de alta qualidade. Transferência de embriões, fertilização in vitro e tecnologia de ponta tornaram a marca um espelho do pioneirismo de seu fundador.
Homem de ação também na esfera pública, Denardin foi prefeito de Altamira entre 1989 e 1992, deixando marcas importantes na vida política e comunitária do município paraense.
Desde 2006, seu legado empresarial foi conduzido com zelo por seu filho, Rui Denardin, e pelas filhas Carla, Karina e Katia. O Grupo Mônaco, sob a condução da nova geração, diversificou seus horizontes e passou a atuar também nos segmentos de locação, consórcio e serviços financeiros, consolidando-se como um verdadeiro conglomerado nacional.
A história de Armindo Denardin é o retrato fiel de uma geração que acreditava no Brasil que viria — e que trabalhou incansavelmente para que ele chegasse. Não por acaso, sua ausência agora pesa. Mas o legado fica. E cresce.
Fica a memória de um homem cuja biografia se confunde com o avanço das regiões onde ousou empreender. Armindo foi um semeador de ideias, um construtor de pontes, um realizador de sonhos em terras difíceis, mas férteis para quem carrega coragem.
O Brasil perde um gigante. Mas o futuro, esse que tanto o inspirava, continuará a levar seu nome adiante.
Rosalvo Lessa 17/07/2025
Armindo Denardin, foi um grande baluarte homem visionário de um espírito empreendedor que fez dos desafios uma escada para alcançar o topo, homem que gerou riquezas é oportunidades a aquelas que o buscavam sua honestidade é um legado que nós expira confiança: Rogo ao Nosso bom Deus que receba de braços abertos com um merecido descanso.
José Ribamar Martins Ribeiro 17/07/2025
Armindo foi um grande empreendedor, gerou emprego e renda, distribuiu humildade e simpatia por onde passou. Altamira PA nunca esquecerá daquele que foi um grande gestor público, que juntamente com sua ex esposa Dona ILVA, fizeram história naquele rincão da Transamazônica. Descanse em paz Seu Armindo Dernardin
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