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BRASIL Sexta-feira, 06 de Junho de 2025, 08:31 - A | A

Sexta-feira, 06 de Junho de 2025, 08h:31 - A | A

MERCADO EM ALTA

Setor da cachaça cresce em 2024 e Brasil bate recorde de novos registros

País ganha 1.225 novos produtos e 49 estabelecimentos elaboradores; exportações, no entanto, caem mais de 22%

Da redação

 

O setor da cachaça viveu um ano de expansão em 2024. De acordo com o Anuário da Cachaça 2025, divulgado pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil registrou 1.225 novos produtos e 49 novos estabelecimentos produtores da bebida no período. Com isso, o país passou a contar com 7.223 produtos registrados, um crescimento de 20,4% em relação a 2023, e 1.266 produtores ativos, 4% a mais que no ano anterior.

O levantamento, apresentado no fim de maio com apoio do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) e de outras entidades, também apontou que o volume de produção da bebida ultrapassou 292,4 milhões de litros em 2024 — alta de 29,58% na comparação com o ano anterior. O próprio IBRAC, porém, pondera que os números podem ter sido impactados por ajustes no novo sistema de coleta de dados implantado em 2023, o que pode ter gerado subnotificações em anos anteriores.

Minas Gerais segue na liderança

O Sudeste continua como o principal polo produtor de cachaça no país, reunindo 828 dos 1.266 estabelecimentos registrados — o equivalente a 65,4% do total. Minas Gerais lidera com folga, abrigando 501 produtores, o que representa quase 40% do total nacional. Em seguida, aparecem São Paulo (179), Espírito Santo (81), Santa Catarina (73), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, ambos com 67 estabelecimentos.

O Ceará foi o estado que mais cresceu proporcionalmente, saltando de 34 para 47 registros, consolidando-se como um novo polo emergente no setor. Já Amapá e Roraima permanecem como os únicos estados brasileiros sem nenhum registro de produtor de cachaça no Mapa.

Viçosa do Ceará supera Salinas em número de produtores

Uma mudança histórica ocorreu em 2024: Viçosa do Ceará desbancou Salinas (MG) como o município com o maior número de produtores registrados no país. A cidade cearense agora concentra 25 estabelecimentos — 53,2% de todos os registros do estado. Ainda assim, Salinas se mantém como a cidade brasileira com mais marcas de cachaça registradas, totalizando 292 produtos.

Exportações em queda

Apesar do bom desempenho no mercado interno, as exportações de cachaça recuaram. O volume embarcado ao exterior foi de pouco mais de 6,6 milhões de litros, uma queda de 22,7% em relação a 2023, e o valor arrecadado caiu 28,1%. Este foi o segundo pior desempenho da série histórica, atrás apenas de 2020, no auge da pandemia.

Os principais destinos da cachaça brasileira em 2024, por volume, foram Paraguai, Alemanha e Estados Unidos. Curiosamente, os Estados Unidos, que aparecem em terceiro lugar em volume, seguem como o principal mercado em valor, movimentando cerca de US$ 3,5 milhões (R$ 19 milhões). No outro extremo, Trinidad e Tobago importou apenas um litro da bebida, com valor de US$ 11 (R$ 61,50).

Para o presidente do IBRAC, Carlos Lima, o recuo nas exportações evidencia a necessidade de intensificar a estratégia de promoção da cachaça no mercado internacional. "Precisamos manter ações constantes para fortalecer a presença da bebida brasileira no exterior", afirmou.

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