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BRASIL Sexta-feira, 23 de Maio de 2025, 12:47 - A | A

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DEU NO UOL

Áudios revelam que Mauro Cid temia prisão caso Lula vencesse eleição de 2022

As mensagens, agora tornadas públicas, ganham novo peso após a prisão de Mauro Cid, em maio de 2023, por envolvimento em investigações conduzidas pela Polícia Federal.

Da Redação

 

Durante o período eleitoral de 2022, o tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já antecipava um cenário de possível prisão caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse as eleições. A revelação foi feita por meio de mensagens e áudios obtidos pelo portal UOL e divulgados nesta sexta-feira (23).

 

Nos áudios, Cid desabafa com familiares e expressa preocupação com sua segurança pessoal:

“Eu tô preocupado, até com a minha segurança, que eu sei que eu vou ser preso se o Lula voltar. Eu sei que eu vou ser preso sem ter culpa nenhuma e ninguém vai segurar a minha onda, eu vou servir de bode expiatório”, afirma.

 

A gravação também mostra que o militar cogitou deixar o Brasil para escapar do que considerava um risco iminente:

“Nem o Exército. Agora o Exército me segura porque tá com o presidente, mas depois, ninguém segura. Eu vou ser preso. Se eu não sair do Brasil ou fugir ou alguma coisa, eu vou ser preso. E pelo país. O país vai entrar no que é a Venezuela”, disse, traçando um paralelo com o regime venezuelano.

 

As mensagens, agora tornadas públicas, ganham novo peso após a prisão de Mauro Cid, em maio de 2023, por envolvimento em investigações conduzidas pela Polícia Federal.

 

Em outro trecho, o militar ataca diretamente o PT e relembra escândalos de corrupção:

“O Brasil não aguenta mais um governo do PT, não aguenta mais o que o PT fez no Brasil. [...] Os dados da corrupção entre Petrobras, BNDES e Caixa…”

A divulgação desses áudios ocorre no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou o pedido de liberdade de Braga Netto, outro aliado do ex-presidente Bolsonaro, preso desde dezembro.

 

As mensagens de Mauro Cid, além de revelarem o clima de tensão no entorno bolsonarista às vésperas da eleição, reforçam a narrativa de que já se antevia um embate jurídico e político com a vitória de Lula — e os desdobramentos que se seguiram ao longo do novo governo.

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