No primeiro trimestre deste ano, o Brasil registrou uma queda de 28% nas exportações de milho em comparação com o mesmo período de 2023, enviando um total de 7,02 milhões de toneladas para o exterior. Essa redução está intimamente ligada à desvalorização do preço do cereal, o que tem desestimulado os produtores a negociarem suas colheitas, conforme aponta o boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Apesar desse cenário nacional, o estado de Mato Grosso apresentou um leve aumento de 2,38% nas exportações de milho, contribuindo significativamente para o volume total enviado pelo país. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), aproximadamente 61% do milho embarcado no primeiro trimestre tinha origem em Mato Grosso, totalizando cerca de 4,30 milhões de toneladas. No mesmo período do ano anterior, o estado havia enviado cerca de 4,20 milhões de toneladas para o mercado externo.
A China se destaca como o principal comprador do milho brasileiro, adquirindo 1,48 milhão de toneladas no primeiro trimestre de 2024, seguida pelo Egito, com 869,49 mil toneladas, e pelo Irã, com 698,20 mil toneladas. Esses três países também lideram as aquisições de milho proveniente de Mato Grosso, com destaque para a China, que importou 777,16 mil toneladas, um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior. O Egito recebeu pouco mais de 672,9 mil toneladas, enquanto o Irã importou 491,1 mil toneladas do estado mato-grossense.
A tendência das exportações de milho brasileiro, portanto, parece estar influenciada por fatores como variações de preço e demanda nos mercados internacionais, com Mato Grosso mantendo uma posição sólida como um dos principais fornecedores desse cereal.
