A Polícia Civil desmantelou um esquema milionário de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas conduzido pelo tesoureiro do Comando Vermelho, Paulo Witer Farias, conhecido como "W.T". A operação, denominada Apito Final, revelou que W.T, mesmo em regime semiaberto e usando tornozeleira eletrônica, desfrutava de uma vida de luxo, com viagens para destinos paradisíacos e hospedagens em hotéis de alto padrão.
Investigações conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) revelaram que W.T utilizava artifícios para enganar o sistema de monitoramento eletrônico. Um de seus comparsas usava sua tornozeleira em Cuiabá, enquanto ele estava a milhares de quilômetros de distância, desfrutando de praias no litoral catarinense e até mesmo realizando saltos de paraquedas.
A documentação reunida no inquérito policial revelou que, em dezembro passado, após cumprir parte de suas penas, W.T foi colocado em regime semiaberto. No entanto, ao invés de cumprir suas obrigações, ele aproveitava para realizar viagens ao Rio de Janeiro, Maceió e até mesmo ao sul do país, em uma caminhonete Amarok junto com comparsas.
Os delegados da GCCO ressaltaram a audácia do investigado em subverter o sistema punitivo estatal, demonstrando a fragilidade do controle exercido pelas autoridades. A Operação Apito Final coloca em evidência a necessidade de aprimoramento dos mecanismos de monitoramento e controle, a fim de evitar que criminosos como W.T continuem desfrutando de impunidade enquanto perpetuam suas atividades ilícitas.
