Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram uma manifestação na guarita 1 de acesso à instituição, em Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (3). Em greve desde 20 de maio, os docentes pedem respeito do governo federal nas negociações pela recomposição salarial. A paralisação já afeta mais de 23 mil estudantes em todos os campi da universidade no estado.
A manifestação ocorreu na guarita de acesso pela avenida Fernando Corrêa da Costa, onde os participantes caminharam ao redor da UFMT e distribuíram panfletos explicando os motivos da greve. A categoria luta por reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
A mobilização também contou com a participação dos técnicos-administrativos em educação (TAE), que estão em greve desde março. Eles também reivindicam reajuste salarial, plano de carreira e condições dignas de trabalho.
“Estamos em greve por dois motivos fundamentais. As universidades e institutos federais de educação estão sofrendo cortes orçamentários que se acumulam desde o último governo (Jair Bolsonaro, 2018-2022) e comprometem a estrutura e o funcionamento das aulas, pesquisas, laboratórios e biblioteca. Nossos salários estão absolutamente defasados e sem recomposição. Nossas carreiras têm sido progressivamente desconstruídas”, destacou Luzia Melo, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores
Na semana passada, os sindicatos que representam as categorias recusaram a proposta de reajuste parcelado de 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026, apresentada pelo governo federal. Para os técnicos, a proposta foi de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026.
Greve Nacional
A greve não se restringe ao Mato Grosso; trata-se de um movimento nacional. O Fórum Nacional das Entidades do Serviço Público Federal (Fonasefe) propôs ao governo um reajuste de 7,06%, mas o governo informou que não haveria reajuste neste ano, apenas em 2025, de 4,5%.
Paralisação em Mato Grosso
Em Mato Grosso, além dos professores e técnicos-administrativos da UFMT, os servidores da Universidade Federal de Rondonópolis e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) também aderiram à paralisação por tempo indeterminado.
O principal objetivo da greve é pressionar o governo federal por um reajuste salarial justo, que atenda às necessidades dos profissionais da educação e garanta a qualidade do ensino nas instituições federais.