Eles dizem estar morrendo de fome, mas deixam o pão apodrecer por dias. Um testemunho que desmonta a propaganda de guerra e expõe uma dura realidade: a manipulação emocional como arma.
Em tempos de guerra, a verdade é a primeira vítima. E a imagem que circula nas redes sociais comove à primeira vista: um pão completamente tomado pelo mofo, acompanhado da frase “não jogamos pão fora só porque está com mofo; colocamos na água com sal, aquecemos e comemos de novo”. O suposto autor? Um homem em Gaza. A mensagem? Eles estariam tão desesperados por comida que até o pão estragado é um luxo.
Mas ao observar com atenção e aplicar um mínimo de lógica a história se desmonta sozinha. Para que um pão chegue a esse nível de decomposição, ele precisa ter ficado dias esquecido em algum canto da casa. E isso só acontece quando existe comida suficiente a ponto de alguém não precisar comer aquele pão no momento em que estava fresco. Em outras palavras: se há pão sobrando a ponto de mofar, ninguém está morrendo de fome.
Esse detalhe, pequeno à primeira vista, revela algo gigantesco: estamos diante de mais uma tentativa de manipulação emocional feita sob medida para conquistar corações no Ocidente e perpetuar uma narrativa onde todos os fatos são distorcidos para transformar terroristas em vítimas.
Gaza é governada há anos por uma organização terrorista que investe bilhões em túneis, armas e propaganda internacional, mas não em infraestrutura, hospitais ou segurança alimentar. Enquanto isso, seus aliados digitais tentam pintar um retrato de sofrimento coletivo para encobrir os crimes e a selvageria de um grupo jihadista.
Não se trata de negar o sofrimento da população civil, mas de exigir responsabilidade por quem o causa. E não é Israel.
É hora de tirar as vendas dos olhos.
O pão mofado não é prova de miséria.
É prova de manipulação.
Mila Schneider Lavelle é jornalista com formação também em teologia e especialista em Marketing, tendo atuado como Head Manager de grandes projetos internacionais e nacionais. Reconhecida por sua análise crítica e estilo incisivo, é também influenciadora digital, com ênfase em geopolítica e temas internacionais, sobretudo ligados ao Oriente Médio.
