Em meio ao debate sobre o avanço da infraestrutura na região Amazónica, o Instituto Kabu, presidido por Doto Takak Ire sobrinho do renomado cacique Raoni , ingressou com uma ação civil pública contra o governo federal, solicitando a suspensão do projeto da Ferrogrão e a indenização de R$ 1,7 bilhão por danos morais coletivos.
O projeto, avaliado em R$ 34 bilhões, visa interligar os estados do Mato Grosso e Pará com uma ferrovia de 933 km, ligando Sinop a Miritituba.
De acordo com a ação, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não teria cumprido a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que exige a consulta prévia, livre e informada às comunidades indígenas afetadas.
O documento também destaca que o projeto representa uma ameaça significativa ao meio ambiente, com estimativas de desmatamento de até 500 mil hectares, conforme estudos preliminares.
Apesar de o governo afirmar que houve diálogo com os povos originários, as entidades responsáveis pela ação o Instituto Kabu e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos contestam a efetividade dessas discussões.
Segundo os advogados das instituições, as medidas adotadas não foram suficientes para respeitar os direitos constitucionais e internacionais dos povos indígenas.
Em março deste ano, o secretário do Ministério dos Transportes, George Santoro, declarou que o governo buscou criar mecanismos de compensação, incluindo um fundo de R$ 1 bilhão para sustentabilidade ambiental, mas reconheceu que não houve consenso com as lideranças indígenas.
A Ferrogrão integra o Plano Nacional de Ferrovias, iniciativa estratégica do governo federal que prevê a concessão de 4.700 km de linhas férreas para ampliar a capacidade logística do país. No entanto, o projeto se vê agora no centro de uma disputa jurídica que pode travar sua execução por tempo indeterminado.
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Elidio Honório dos Santos 01/07/2025
Você concorda com um povo tutelado, tendo um orgao( funai) para proteger e cuidas da sua subsistência, exigir valores estronomicos de um projeto que visa o crescimento do país. Esses \"sic\" índios são indivíduos como qualquer outro cidadão e serem totalmente responsáveis pelos seus atos e pela sua subsistência e deixar de ser titulados pelo estado com a extinção da Funai. Pois não é.
Anderson Antunes 01/07/2025
É por essa e por outras que o BRASIL é de fato o PAIS DO FUTURO, um FUTURO que nunca chega. Esta ferrovia vai poupar milhares e milhares de.litros de oleo deesel, montanhas de pneus, milhares de litros de lubrificantes, montanhas de asfalto betuminoso entre outras benesses ao MEIO AMBIENTE. Desenvolvimento a dezenas de comunidades e benefícios ao próprio povo original desta terra, povo este que não pode ficar aprisionado ao século 16. Este povo merece ter celular, saúde, escolas, Internet, comida boa e tudo mais que os ditos civilizados podem desfrutar, afinal até onde eu saiba e entenda eles (nós) não são animais. PODE ter certeza que o Sr. DOTO TAKAK não me representa, tampouco minha comunidade inteira, este é um instrumento utilizado por ONGS, mídia e ambientalistas de plantão que visam interesses escusos e, não os interesses do BRASIL!!
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