menu
23 de Junho de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
23 de Junho de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

BRASIL Domingo, 22 de Junho de 2025, 08:05 - A | A

Domingo, 22 de Junho de 2025, 08h:05 - A | A

NOVE MORTES

Tragédias com balões em SC e SP acendem alerta sobre segurança no turismo aéreo

Tragédias em Santa Catarina e São Paulo deixam mortos e feridos; autoridades investigam causas e discutem reforço na fiscalização do setor

Valéria Domingo

Em menos de sete dias, dois acidentes fatais com balões de ar quente no Brasil — um em Santa Catarina e outro em São Paulo — levantam dúvidas sobre a segurança dos passeios turísticos. Ao todo, nove pessoas morreram nas duas tragédias, que agora são alvo de investigação pelas autoridades.

 

O mais recente ocorreu na manhã deste sábado (21), em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, onde um balão com 21 ocupantes pegou fogo e caiu, deixando oito mortos, e 13 sobreviveram. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu atuaram no resgate e atendimento dos sobreviventes.

 

O acidente ocorre apenas seis dias após a queda de outro balão em Capela do Alto, no interior de São Paulo, no último domingo (15), Dia dos Namorados. Na ocasião, Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, morreu durante um passeio romântico com o marido. O balão transportava mais de 30 pessoas, e há suspeitas de que a empresa responsável tenha autorizado o voo mesmo com condições meteorológicas desfavoráveis.

 

As duas ocorrências estão sendo investigadas. Em Santa Catarina, a Polícia Civil e a Polícia Científica atuam para esclarecer as causas do incêndio que provocou a queda do balão em Praia Grande. 

 

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou neste sábado (21) que está adotando as providências necessárias para averiguar a situação do balão que pegou fogo e caiu em Praia Grande (SC). O governador em exercício de Santa Catarina, Francisco Oliveira Neto, decretou luto oficial de três dias.

 

De acordo com informações preliminares, o balão chegou a descer próximo ao solo após um princípio de incêndio no cesto, permitindo que 13 pessoas desembarcassem. No entanto, antes que os demais ocupantes conseguissem sair, a aeronave voltou a subir repentinamente. As oito vítimas fatais morreram ao saltar de grandes alturas para escapar das chamas ou em razão dos ferimentos provocados pelo fogo.

 

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, três das vítimas não chegaram a pular e foram encontradas abraçadas no cesto. “O piloto e outras 12 pessoas conseguem sair do balão, mas outras não conseguem, e, novamente, o balão acaba subindo involuntariamente”, afirmou o delegado em entrevista à Rádio CBN.

 

Em São Paulo, o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) apura possíveis falhas na análise do clima, no controle de peso da aeronave e nos protocolos de segurança da empresa envolvida. A Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) declarou que o balão envolvido no acidente não possuía a documentação necessária e que o piloto não tinha licença válida para realizar o voo.

 

O curto intervalo entre os dois acidentes e o alto número de vítimas voltam a colocar em evidência a fragilidade na regulamentação e fiscalização dos passeios turísticos em balões no Brasil. Enquanto as autoridades investigam as causas das tragédias, cresce a pressão por revisão nas normas de segurança e maior rigor na certificação das empresas que operam esse tipo de atividade.

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 

Comente esta notícia