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BRASIL Sexta-feira, 26 de Abril de 2024, 15:46 - A | A

Sexta-feira, 26 de Abril de 2024, 15h:46 - A | A

ENCERRA NESTA SEXTA

Garimpo ilegal, demarcação de terras e direitos a migrantes são discutidos no ATL; em Brasília

Comitiva de indígenas brasileiros e venezuelanos participaram dos quatro dias de mobilização do Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília.

 

Durante os quatro dias de mobilização no Acampamento Terra Livre (ATL), considerada a maior mobilização indígena do país, lideranças indígenas de Roraima trouxeram para Brasília discussões cruciais sobre questões que afetam diretamente suas comunidades. O evento, que se encerra nesta sexta-feira (26), reuniu povos indígenas de todo o Brasil em uma importante plataforma de debate e ação.

 

O ATL completou 20 anos e foi palco de debates acalorados sobre o direito à terra, a necessidade de novas demarcações e a urgência em enfrentar a tese anti-indígena do Marco Temporal. Duas comitivas de Roraima marcaram presença no evento, lideradas pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) e pela Cáritas Brasileira, respectivamente.

 

O coordenador do CIR, Edinho Batista, ressaltou a posição contrária ao garimpo ilegal nos territórios indígenas, destacando que tal prática é um crime que coloca em risco não apenas a natureza, mas também a vida e a cultura dos povos Yanomami. Ao longo dos dias de mobilização, as lideranças indígenas participaram de rodas de conversa, sessões no Congresso Nacional e outras atividades voltadas para a proteção e demarcação das terras indígenas, bem como para questões de saúde mental.

 

Outro ponto de destaque foi a presença e participação ativa dos migrantes indígenas que vivem nas comunidades da região de fronteira do Brasil com a Venezuela. Representantes dessas comunidades entregaram uma carta à ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, enfatizando a importância do reconhecimento e apoio do governo federal às demandas desses povos.

 

A carta, assinada por lideranças das comunidades Tarau Paru, Sakaomota e Warao Ajanoko, destaca a necessidade de reconhecimento das comunidades como brasileiras, para que tenham acesso aos benefícios e direitos assegurados aos povos indígenas. Essas comunidades, que somam aproximadamente 1,5 mil pessoas, clamam por uma atenção especial por parte das autoridades governamentais.

 

O ATL, organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e suas organizações regionais de base, representa um marco na luta e resistência dos povos indígenas brasileiros. O evento não apenas promove o debate sobre questões fundamentais, mas também fortalece os laços de solidariedade e união entre os diferentes povos indígenas do país.

 
 
 
 
 

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