O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, recusou os recursos de cinco bolsonaristas de Mato Grosso envolvidos nas invasões às sedes dos Três Poderes em Brasília, ocorridas em janeiro de 2023. Entre os rejeitados, destacam-se Levi Alves Martins e Juvenal Alves Correa de Albuquerque, enquanto Joelton Gusmão de Oliveira, Simone Aparecida Tosato Dias e Joanita de Almeida aguardam a decisão dos demais ministros, prevista para o final de maio.
O voto do relator, seguido pela maioria do Plenário, sustenta que o grupo tinha como objetivo derrubar o governo democraticamente eleito em 2022 ao solicitar intervenção militar. Moraes destacou que se trata de um crime de autoria coletiva, em que todos contribuíram para o resultado através de uma ação conjunta.
Em seu voto, o relator afirmou que os acórdãos anteriores analisaram adequadamente a pretensão jurídica dos bolsonaristas, não havendo deficiências nos julgamentos. Ao negar os recursos, Moraes rejeitou as alegações das defesas dos condenados, que buscavam reparos nos acórdãos, classificando tais argumentos como mero inconformismo com o desfecho do julgamento.
Entre os condenados de Mato Grosso, destaca-se Simone Aparecida Tosato Dias, de Cuiabá, condenada a 13 anos e 6 meses de prisão. Tosato adotou uma postura gospista após as eleições de 2022, motivada pela perda de um filho e sua luta contra a depressão. Seu objetivo era, segundo suas redes sociais, "proteger o Brasil do comunismo".
Além de Tosato, foram condenados Joanita de Almeida (16 anos e seis meses de prisão), Levi Alves Martins, construtor de Sinop, e o eletricista Juvenal Alves Correa de Albuquerque (ambos com 16 anos e seis meses de prisão), bem como Joelton Gusmao de Oliveira, todos presos em 8 de janeiro devido à sua participação nos atos de invasão.
