O prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin (PP), e o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, estão em um intenso debate público após a divulgação de um vídeo em que Feltrin cobra mais recursos federais para enfrentar a devastação causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul. A discussão vem em um momento crítico, onde o estado já contabiliza severas perdas humanas e materiais.

No vídeo, que circula amplamente pelas redes sociais e entre opositores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Feltrin confronta Pimenta sobre a insuficiência dos recursos destinados a seu município, explicitando a discrepância entre as necessidades locais e o apoio federal recebido. O prefeito menciona que apenas R$ 300 mil foram prometidos até o momento, uma quantia que considera ineficaz frente às demandas urgentes de Farroupilha, como a contenção de danos já estimados em mais de R$ 10 milhões.

A resposta de Pimenta não tardou, destacando a hostilidade com que foi recebido e acusando Feltrin de tentar "lacrar na internet". Segundo o ministro, nenhum pedido formal de recursos adicionais havia sido feito pela prefeitura até então. Pimenta ressaltou ainda que, apesar do confronto, fez questão de contatar o prefeito para entender e atender possíveis pendências emergenciais, algo que ele afirma estar fazendo com todos os prefeitos afetados.

Ademais, o ministro detalhou que os R$ 300 mil referidos são parte de uma ajuda emergencial destinada a necessidades básicas como água, comida e itens de higiene, e que não se relacionam com projetos de reconstrução a longo prazo, para os quais mais de 30 municípios já tiveram projetos aprovados.

Este confronto ocorre no contexto de uma tragédia maior que atingiu o Rio Grande do Sul, onde as chuvas recentes já resultaram em pelo menos 107 mortes e 136 pessoas desaparecidas, além de deixar cerca de 165 mil desalojados e 67 mil em abrigos. A maior tragédia climática da história do estado afetou 428 dos 497 municípios, intensificando a necessidade de uma resposta coordenada e eficiente às crises humanitárias emergentes.

Resposta de Paulo Pimenta 

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