Na manhã desta sexta-feira (03), servidores municipais de Cuiabá se uniram em uma decisão unânime: declararam estado de greve permanente. A medida foi tomada em resposta à recusa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em cumprir o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) referente aos anos de 2020 e 2021, mesmo diante do contexto da pandemia.

Durante uma assembleia conduzida pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cuiabá (SISPUMC), os trabalhadores reivindicaram não apenas o pagamento da RGA, mas também diversas outras pautas trabalhistas, incluindo férias em dia, revisão de planos de carreiras e cargos (PCCS), e o pagamento do 13º salário de forma regular.

A decisão de entrar em estado de greve foi unânime entre os servidores, que agora se preparam para uma série de manifestações nos próximos dias. Uma agenda com manifestações foi aprovada até o dia 17 de maio, quando uma nova assembleia será realizada para deliberar sobre uma possível paralisação total das atividades.

A assembleia dos servidores foi realizada após a aprovação de uma pauta de reivindicações, que foi protocolada na Prefeitura Municipal. O prefeito, por sua vez, havia anunciado anteriormente um compromisso político de efetuar o pagamento da RGA referente aos anos de 2020 e 2021, mas agora não há mais garantias disso, aguardando um parecer da assessoria jurídica.

Além da questão da RGA, o impasse também envolve o envio do PCCS de várias categorias, que ainda não foi confirmado pelo prefeito. A única certeza até o momento é a RGA de 2023/2024, que é determinada por lei e corresponde a 4%.

Os servidores decidiram manter as reivindicações sob ameaça de greve e planejam realizar um ato público em frente à Prefeitura no dia 10 de maio às 16h, seguido por uma nova assembleia no dia 17 de maio, a partir das 9h, para decidir sobre a paralisação das atividades. A Prefeitura de Cuiabá conta com aproximadamente 20 mil servidores, todos unidos em busca de melhores condições de trabalho e respeito aos seus direitos.