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MUNDO Terça-feira, 30 de Abril de 2024, 13:29 - A | A

Terça-feira, 30 de Abril de 2024, 13h:29 - A | A

ORDEM DE SILÊNCIO

Trump é multado por não conseguir ficar calado

O juiz afirmou que a multa pode não ser suficiente para dissuadir Trump e consideraria a possibilidade de prendê-lo caso violasse a ordem

O Antagonista

 

O juiz Juan Merchan impôs uma multa de US$ 9 mil (R$ 46 mil) ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação de uma ordem de silêncio, nesta sexta-feira, 30. A medida o impede de criticar os envolvidos no julgamento em que é acusado de fraude.

 

A decisão foi anunciada por Merchan na abertura de uma nova audiência do julgamento, em Nova York. O juiz afirmou que o magnata violou a ordem ao insultar testemunhas, jurados, membros do tribunal ou seus familiares.

 

Merchan admitiu em um despacho por escrito que a multa pode não ser suficiente para dissuadir o ex-presidente e afirmou que consideraria a possibilidade de prendê-lo caso Trump continuasse a violar a ordem de silêncio. O juiz alertou que o tribunal não tolerará violações intencionais de suas ordens legais e que punições mais severas, como o encarceramento, poderão ser aplicadas.

 

Trump violou a ordem 11 vezes

Os promotores do caso haviam pedido anteriormente uma multa de US$ 3.000 por cada vez que Trump violou a ordem de silêncio. Segundo eles, o ex-presidente desafiou a medida mais de sete vezes. Na semana passada, os promotores afirmaram que Trump desrespeitou a decisão 11 vezes e pediram a multa de US$ 9 mil.

 

Durante o processo, Trump chamou seu ex-advogado Michael Cohen de “mentiroso em série” e endossou acusações feitas pelo comentarista da Fox News Jesse Watters, que afirmava que o tribunal estava selecionando ativistas progressistas infiltrados para o júri. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, essas declarações levaram uma candidata ao júri a desistir do caso alegando intimidação. Como medida de segurança, o juiz decretou o anonimato dos jurados e suplentes.

 

Os promotores também resgataram uma publicação feita por Trump em abril, na qual ele chamava Cohen e a atriz pornô Stormy Daniels de safados. Ambos devem testemunhar no julgamento, que é o primeiro criminal envolvendo um ex-presidente dos EUA.

 

O que diz a defesa do ex-presidente americano

O advogado de Trump argumentou que as publicações do ex-presidente eram respostas a Cohen e não estavam relacionadas ao testemunho do ex-advogado. Segundo ele, Trump tem permissão para responder a ataques políticos.

 

O caso em questão envolve a tentativa de Trump de esconder histórias prejudiciais à sua campanha presidencial de 2016. Ele é acusado de ter pago US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels para que ela não revelasse um suposto encontro sexual com ele.

Os promotores afirmam que Trump reembolsou Cohen e maquiou as despesas nas contas de sua empresa para que elas fossem consideradas gastos de campanha. Acredita-se que essa tenha sido uma estratégia para esconder informações desfavoráveis aos eleitores durante um período de escândalos sexuais.

 
 

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