Em Pontes e Lacerda, uma mãe enfrenta um doloroso processo burocrático na busca por um ambiente educacional inclusivo para seu filho. Sherida Bruna Costa Teixeira é a mãe de Conrado Bernardinho Teixeira Dias, diagnosticado há cerca de dois anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), de grau de suporte 2 pela neuropediatra Dra. Paola Fadul, em Cuiabá.
Desde o diagnóstico, Conrado tem recebido acompanhamento contínuo de fonoaudiólogos e psicólogos, e a médica recomendou a presença de uma auxiliar em sala de aula para apoiar seu desenvolvimento educacional. Com todos os laudos e recomendações em mãos, Sherida fez a solicitação à Secretaria de Educação de Pontes e Lacerda. No entanto, apesar dos esforços, o pedido foi negado várias vezes ao longo dos últimos dois anos. A situação chegou ao ponto de Sherida recorrer ao Ministério Público para reivindicar o direito de seu filho a um suporte adequado na escola, que incluiria a presença de uma auxiliar educacional.
As reuniões e audiências com a Secretaria resultaram na invalidação dos laudos profissionais, com a justificativa de que Conrado não necessitaria de tal auxílio. Diante dessa recusa, a mãe prossegue na luta, submetendo outro pedido ao Ministério Público.
O episódio mais recente e talvez mais doloroso para Sherida ocorreu durante a comemoração do Dia das Mães na escola municipal Máximo Assunção, onde Conrado estuda no Pré 2. Em um vídeo emocionado, Sherida conta que seu filho optou por não participar da apresentação planejada para o evento. Ainda assim, ela conseguiu que ele tirasse uma foto com um avental, a qual foi enviada para a professora para inclusão em um mural digital. No dia do evento, contudo, a foto de Conrado foi inexplicavelmente omitida do vídeo comemorativo, apesar de haver fotos repetidas de outras crianças.
"Fiz todo um trabalho para conseguir convrter uma foto do dia das mães com minha criança. colocou todo mundo, todos os alunos da sala, menos o Conrado"
VEJA O VÍDEO
A mãe destaca que o descaso com a inclusão de Conrado no vídeo do evento escolar simboliza uma falha maior no apoio e na sensibilidade necessários para a educação de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A principal queixa de Sherida é a invalidação contínua dos laudos profissionais e a falta de apoio adequado na escola municipal.
Nossa equipe tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Pontes e Lacerda para obter esclarecimentos sobre o caso, mas não houve retorno. Servidores da prefeitura informaram não saber quem seria o responsável pela comunicação.
Também entramos em contato com o Secretário de Educação e Cultura do município, que ficou de retornar o contato, porém até o momento do fechamento da matéria não recebemos retorno, o espaço segue aberto.
> Click aqui e receba notícias em primeira mão.
