O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) voltou a criticar duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a revelação de que o magistrado viajou no mesmo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportava a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O voo ocorreu em 13 de junho, com destino a São Paulo, e foi solicitado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Para Nikolas, o episódio representa mais uma evidência de uma “parcialidade sem limites” por parte de Moraes, que atua diretamente nos julgamentos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principal adversário político de Lula. Em publicação nas redes sociais, o deputado questionou a postura institucional do ministro:
— Em meio ao julgamento político de Bolsonaro, e sem sequer demonstrar o mínimo interesse em disfarçar, o ministro Alexandre de Moraes simplesmente embarca em um voo da Força Aérea Brasileira ao lado de ninguém menos que a esposa do principal adversário político do ex-presidente: Janja. Fico imaginando o teor das conversas entre ambos ao longo da viagem — escreveu.
A denúncia foi divulgada pelo colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles. Além de Moraes e Janja, também estavam a bordo a esposa do ministro do STF, a advogada Viviane Barci, e o próprio ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Ao todo, 12 pessoas embarcaram no voo, mas a FAB e o Ministério da Justiça não divulgaram a lista completa de passageiros.
O avião decolou de Brasília às 9h15 e pousou no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, às 10h50. A assessoria da primeira-dama alegou que ela se dirigia à capital paulista para uma consulta médica e que, como o transporte havia sido solicitado previamente por Lewandowski, não houve custo adicional para os cofres públicos.
A polêmica acontece em um momento sensível, em que Alexandre de Moraes é relator de processos envolvendo aliados e familiares de Jair Bolsonaro, inclusive no inquérito que trata da suposta tentativa de golpe de Estado.
Nikolas afirmou que o episódio agrava ainda mais a percepção pública de que o STF age com viés político:
— O nível de imoralidade e de parcialidade demonstrado por esse senhor não tem limites — finalizou.
> Click aqui e receba notícias em primeira mão.