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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 09 de Agosto de 2024, 13:56 - A | A

Sexta-feira, 09 de Agosto de 2024, 13h:56 - A | A

FALTA DE TRANSFERÊNCIA

TCE suspende empréstimo de R$ 139 milhões da prefeitura de Cuiabá por falta de transparência e planejamento

A decisão foi tomada pelo conselheiro José Carlos Novelli e atende a um pedido do Ministério Público de Contas (MPC), que vinha analisando o caso desde o mês anterior

 

Na manhã de quinta-feira,08, o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) decidiu suspender a contratação de um empréstimo de até R$ 139 milhões pela Prefeitura de Cuiabá, sob a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

 

A decisão foi tomada pelo conselheiro José Carlos Novelli e atende a um pedido do Ministério Público de Contas (MPC), que vinha analisando o caso desde o mês anterior.

 

O empréstimo, que já havia sido aprovado pela Câmara Municipal antes do recesso parlamentar, tinha como objetivo financiar obras relevantes, como o Contorno Leste, a revitalização do Mercado do Porto e a instalação de placas solares (fotovoltaicas).

 

No entanto, a justificativa apresentada pela prefeitura foi considerada insuficiente e genérica, não detalhando adequadamente o custo-benefício dos projetos ou seu impacto econômico e social.

 

Durante a análise, o conselheiro-relator havia solicitado esclarecimentos adicionais ao prefeito, mas as informações apresentadas não atenderam às exigências legais.

 

Novelli destacou que faltam dados cruciais sobre alternativas viáveis, planos de execução e cronogramas de desembolso, essenciais para a avaliação da operação de crédito.

 

Em sua decisão, o conselheiro determinou que a Prefeitura de Cuiabá comprove o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da Resolução n. 43/2001 do Senado Federal.

 

Além disso, a gestão municipal deverá apresentar um Plano de Aplicação detalhado dos recursos, incluindo cronogramas de desembolso e informações sobre a previsão de contratos para cada um dos quatro projetos envolvidos.

 

A ausência de planejamento e a fragilidade financeira da administração atual foram fatores considerados por Novelli.

 

Ele ressaltou que o término do mandato do prefeito em 2024 levanta preocupações sobre a responsabilidade fiscal, uma vez que as obrigações do empréstimo recairão sobre seu sucessor, sem ônus para a gestão atual.

 

A decisão do TCE-MT também enfatiza a importância de uma gestão fiscal responsável, que deve ser baseada em planejamento e transparência, prevenindo riscos que possam afetar o equilíbrio das contas públicas.

 

O conselheiro Novelli ainda determinou que a prefeitura se abstenha de prosseguir com a operação de crédito até que os requisitos legais sejam cumpridos e os riscos jurídicos apontados sejam sanados.

 

Diante desse cenário, a suspensão do empréstimo representa um alerta para a gestão pública em Cuiabá, enfatizando a necessidade de uma administração comprometida com a responsabilidade fiscal e a transparência nas operações financeiras.

 

A prefeitura tem um prazo de 30 dias para apresentar as informações solicitadas, sob pena de manutenção da suspensão da operação de crédito.

 

 

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