Natural de São Paulo, Bruna Lee Mendes construiu seus primeiros passos profissionais no universo da comunicação e da moda. Formada em Relações Públicas e com formação também em Moda, atuou em eventos, desfiles e bastidores criativos da capital paulista, onde aprendeu que a beleza comunica, mas só encontra sentido quando está ligada a um propósito.
Foi em meio à rotina intensa da cidade grande que Bruna conheceu Dirceu Fernando, com quem iniciaria uma nova etapa da vida, marcada por mudança de território, novos afetos e uma conexão inesperada com o campo. Por amor, trocou o ritmo acelerado da metrópole pela vida em Campo Verde, no Mato Grosso, onde construiu uma nova história ao lado do marido e dos dois filhos: Dirceu e Arthur.
No início, o agro parecia um universo distante de sua formação e vivência. Mas, aos poucos, foi se aproximando da realidade do campo, das lavouras e das pessoas que fazem da terra seu ofício diário. A entrada nesse novo mundo aconteceu de forma orgânica, mediada pelo vínculo com a família do marido e, especialmente, com o Grupo Princesa — empresa fundada por seu sogro, Dirceu Pinhatti Mendes, pioneiro e referência no setor algodoeiro de Campo Verde.
Dentro do Grupo Princesa, Bruna encontrou mais do que um espaço de trabalho. Encontrou um ponto de convergência entre suas experiências anteriores e o novo momento que vivia. Ali, onde se cultiva, beneficia e transforma o algodão, ela passou a enxergar o agro como um ecossistema de soluções, inovação e legado. A sensibilidade desenvolvida na moda ganhou novas camadas no contato com a terra e com a força de uma cadeia produtiva que movimenta não só fibras, mas histórias.
A moda continua presente, mas agora como lente. Bruna observa os processos do campo com olhar criativo, estratégico e afetivo. A comunicação se manifesta em cada detalhe: no cuidado com o produto, na maneira de pensar a marca, nas conexões que cria entre o que aprendeu em São Paulo e o que vive em Campo Verde. “Me reinventei entre o algodão e os valores dessa terra fértil”, diz.
A participação no Campo Verde Fashion Week é a costura natural de tudo o que ela representa: moda, agro, comunicação e identidade local. Mais do que um retorno simbólico à passarela, é a afirmação de que inovação e tradição podem, sim, caminhar juntas. E que, entre o que se planta e o que se veste, há muitas histórias que ainda podem florescer.