Na manhã desta terça-feira (3), comerciantes do Shopping Popular de Cuiabá realizaram um protesto contra a decisão da Associação dos Camelôs, que determinou a transferência para contêineres instalados no estacionamento do prédio incendiado. Atualmente, os lojistas estão operando em uma tenda temporária na avenida Carmindo de Campos, cedida por um empresário.

Os trabalhadores criticam a mudança antes da conclusão completa das instalações, especialmente pela falta de energia, que se torna um problema crítico devido ao calor característico de Cuiabá. Segundo relatos, seguranças armados foram posicionados no local para evitar que os lojistas continuassem a trabalhar na tenda, que deve ser desmontada ainda nesta terça-feira.

O presidente da Associação dos Camelôs, Misael Galvão, afirmou que a responsabilidade pelos lojistas que decidirem permanecer na avenida ou nas calçadas será exclusivamente deles. No entanto, mesmo os que optarem por não se mudar precisarão contribuir com o rateio mensal caso sejam associados à entidade.

Misael garantiu que o espaço nos contêineres estará completamente funcional até domingo (8). Ele explicou que cada comerciante deve organizar suas mercadorias, móveis e energia elétrica, com a associação disponibilizando extensões temporárias para início das atividades. A taxa de condomínio está suspensa por 12 meses, sendo substituída pelo rateio para custear o novo espaço.

“Nosso objetivo é devolver à cidade o que ela nos emprestou. Daqui para frente, as calçadas e ruas serão de responsabilidade da prefeitura”, declarou Misael.

Apesar das garantias da associação, o clima de insatisfação persiste entre os lojistas, que temem impactos negativos em suas atividades devido à mudança apressada.

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