O empresário douradense Marcel Martins da Silva, 35, está preso há quase quatro meses, acusado de liderar um esquema internacional de tráfico de drogas. De acordo com às informações do site Campo Grande News, às investigações da Operação Prime, deflagrada pela Polícia Federal, Martins acumulou um patrimônio de mais de R$ 100 milhões em menos de três anos.
Sua esposa, Evelyn Zobiole Marinelli Martins, também ré pelos mesmos crimes, encontra-se em liberdade provisória, enquanto seu irmão, Valter Ulisses Martins Silva, permanece foragido.
A ascensão financeira da família Martins chamou a atenção das autoridades após a prisão de Marcel, seu irmão e o pai na Operação Enigma, em 2017, que desmantelou um esquema de tráfico em Curitiba.
Apesar de terem seus bens bloqueados na ocasião, o patrimônio dos irmãos cresceu rapidamente após se instalarem em Dourados, Mato Grosso do Sul, onde passaram a atuar no ramo da construção.
Conforme as investigações, Marcel Martins utilizava armazenamento em nuvem para controlar seu vasto patrimônio, que inclui imóveis no Brasil e no Paraguai, além de empresas e créditos a receber.
Somente em território paraguaio, os bens do empresário somam 10 milhões de dólares.
As investigações apontam que a riqueza provém do tráfico de drogas, supostamente em parceria com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
A denúncia do Ministério Público Federal questiona a origem dessa fortuna, afirmando que, mesmo sem despesas, seria matematicamente impossível a obtenção de tal montante de forma lícita em tão pouco tempo.
A Justiça Federal rejeitou a denúncia de tráfico contra os irmãos, mas aceitou a acusação de lavagem de dinheiro e organização criminosa. O caso segue em julgamento.